terça-feira, 2 de outubro de 2012

O incrivel caso das azeitonas pretas




O incrível caso das azeitonas pretas
Por Raúl Candeloro
Anos atrás, fui convidado a fazer uma série de treinamentos para uma equipe comercial de um grande atacadista de alimentos. O pessoal tinha acabado de receber um palm top e ainda tinha gente se familiarizando com ele (lê-se: muitos ainda não o usavam). A lista de produtos que um vendedor tinha para oferecer aos clientes passava dos 10 mil itens. Obviamente, como é frequente nesses casos, a maioria deles vendia, nesta ordem:
a)   O que o consumidor pedia.
b)   O que estivesse em promoção.
c)   O que estivesse em campanha de vendas.
O incrível caso das azeitonas pretas aconteceu na primeira reunião que fizemos, quando, em um exercício proposto, um dos vendedores se levantou e fez um discurso inflamado dizendo que daquele jeito não dava, que a empresa era uma bagunça, que a logística e a entrega não funcionavam, que ele se matava para cativar os clientes e que depois a companhia estragava tudo… enfim, que seria difícil bater a meta. Surpreso, perguntei se ele poderia dar um exemplo mais específico, e ele na hora disparou a pérola: “Falta azeitona preta, e todo mundo sabe disso! É um absurdo, não pode faltar azeitona preta! Isso acaba com a gente!”.
Um dos diretores se levantou, explicou que realmente havia um problema com o fornecedor das azeitonas, mas que o assunto já havia sido resolvido e que a partir daquela semana a entrega estaria normalizada. Eu fiquei olhando, olhando… e não me aguentei. Na época, eu era mais afoito, menos sutil, e dei uma chapuletada (esse é um termo técnico!), simplesmente usando o método socrático de fazer perguntas:
— Quantos itens você tem na sua lista de vendas?
— Mais de 10 mil.
— Desses, quantos estão faltando?
— Só a azeitona preta.
— Com o restante dos produtos, está tudo o.k.?
— Olha, de vez em quando atrasa um ou outro, mas isso é normal…
— Quanto a azeitona preta representa do seu faturamento mensal?
— Sei lá, nunca calculei.
— Então calcule agora, comigo, porque, se você está reclamando assim, deve ser importante. Quanto, mais ou menos? 1%? 5%? 10%?
— Ah… menos de 1%, com certeza. Não deve dar nem meio por cento.
— Quanto da sua meta você conseguiu alcançar no mês passado?
— 82%.
— E a azeitona preta é a culpada?
Bom, você já deve imaginar o fim da história. Lembrei-me do caso porque recentemente aconteceu algo bem parecido em um workshop para representantes, quando um deles reclamou de ter perdido a venda de um produto em razão de dois centavos. Comecei a fazer perguntas novamente: quantos produtos têm no mix quantos você perdeu por dois centavos, quanto eles representam, etc.
As respostas são sempre constrangedoramente amadoras. A verdade é que muitos vendedores têm o foco no problema, e não na solução dele. Reclamar que o concorrente vende por um centavo mais barato adianta? Não. Reclamar que um dos produtos está em falta adianta? Não. Enfim, estão reclamando do quê?
A impressão que dá é que as pessoas que reclamam sentem-se importantes com isso e o que querem mesmo é chamar atenção. O que não entendem é que estão chamando atenção pelo motivo errado. Pare para pensar no que você prefere: receber atenção por reclamar ou por obter resultados positivos? Por reclamar ou por resolver um problema? Por reclamar ou por bater a meta?
Da próxima vez que se pegar reclamando do que não tem, lembre-se do incrível caso das azeitonas pretas, quando um vendedor com 10 mil produtos para vender reclamava de não ter um deles (em vez de focar nos outros 9.999 que tinha!).
Abraços e boas vendas!

terça-feira, 22 de maio de 2012

Investimentos invadem o Triângulo Mineiro

                                                        Foto panoramica de Uberlândia-MG



Uberaba e Uberlândia atraem recursos dos setores público e privado que geram mais empregos e renda na região .

Nos últimos dez anos, cidades receberam pelo menos R$ 9 bilhões, valor que fez o PIB local crescer mais de 220%

 A localização que faz do Triângulo Mineiro a principal rota de riquezas entre o Sudeste e o Centro-Oeste é também o maior atrativo de ondas de investimentos que banham Uberaba e Uberlândia de tempos em tempos.


A atual maré de recursos que chega somente a essas duas cidades do interior de Minas Gerais é de pelo menos R$ 9 bilhões em recursos públicos e da iniciativa privada.

São investimentos que incluem, por exemplo, planos da Petrobras para o Brasil alcançar autossuficiência em amônia (gás usado na fabricação de fertilizantes) e ações privadas que prometem gerar mais empregos na região.


Os recursos já aplicados fizeram o PIB (Produto Interno Bruto) das duas cidades crescer mais de 220% em dez anos. O Triângulo também criou, desde 2010, 37 mil postos de trabalho (leia texto nesta página).


Segundo a Prefeitura de Uberlândia, de 2008 a abril deste ano foram anunciados R$ 5,2 bilhões de investimentos privados na cidade.


No pacote estão os R$ 200 milhões para instalação de um centro de distribuição do grupo B2W, que controla as Lojas Americanas e os sites de compras Submarino e Shoptime, além de ampliações em unidades da Algar, da JBS, da Monsanto, da Sadia, da Souza Cruz, da Syngenta e de outras empresas.


Com mais de 610 mil habitantes, Uberlândia tem 22 instituições privadas de ensino superior e uma universidade federal. "Além de mercado, temos mão de obra qualificada para as empresas", disse o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Paulo Sérgio Ferreira.


                                                       Foto Uberaba-MG


Já Uberaba é conhecida como tradicional polo pecuário -hoje, parte das pastagens é invadida pela atividade canavieira-, mas é no setor de fertilizantes que o município vê o gatilho para uma disparada no crescimento.


A unidade da Vale Fertilizantes em Uberaba deve concluir em novembro deste ano um projeto de expansão no valor de R$ 462 milhões.


A empresa gera 7.700 empregos na fábrica de Uberaba e em outras três também em Minas Gerais.


Com a fábrica de amônia que a Petrobras começou a construir na cidade, a intenção do governo é tornar o Brasil autossuficiente na produção do gás, como anunciou em 2011 a presidente Dilma Rousseff, no lançamento da obra em Uberaba.


O secretário de Desenvolvimento Econômico do município, Carlos de Assis Pereira, disse que o investimento da estatal, perto de R$ 2 bilhões até 2014, vai gerar 4.500 empregos diretos só na obra.


Mas, segundo ele, um investimento complementar à unidade de amônia é que vai gerar mais oportunidades de crescimento à região.


exportar é preciso


Um gasoduto de R$ 760 milhões entre o interior de São Paulo e Uberaba atrairá empresas que usam gás como combustível na produção, como fábricas de cimento, ladrilhos e gás veicular.







Aprovada neste ano pelo governo federal, a Zona de Processamento de Exportações (ZPE) localizada em Uberaba terá 2 milhões de metros quadrados e deve receber R$ 30 milhões de investimentos privados, segundo o governo local, que abrirá edital para a primeira etapa do parque neste ano.


A perspectiva é que setores ligados ao setor agropecuário de Minas Gerais queiram investir na ZPE para poder aproveitar os incentivos à exportação, disse Pereira.


Por
ARARIPE CASTILHO DE RIBEIRÃO PRETO
Com JOÃO ALBERTO PEDRINI, de Ribeirão Preto.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Trojan camuflado de e-mail - Todo cuidado é pouco

 Além do problema da hospedagem gratuíta, outro problema que todo mundo faz quase que involuntariamente todos os dias é disparar correntes ou emails para vários contatos e esquece de coloca-los em cópia oculta e com isso os Crakers de plantão não tem muito trabalho para captar esses emails e replica-los como spam, além do exemplo que segue na matéria abaixo:

Trojan camuflado de e-mail da FedEx rouba documentos do Word e Excel.

Uma das preocupações dos analistas em seguraça da informação é a utilização crescente de serviços de hospedagem gratuita na web por cibercriminosos, que usam a estratégia para despistar possíveis rastreamentos até a origem.

Um malware que está se disseminando pela internet através de e-mails camuflado de uma solicitação da Federal Express (FedEx, multinacional de entrega de encomendas) pode invadir o computador do usuário e roubar documentos gerados pelo Word e Excel. O Trojan downloader vem anexado no e-mail como Fedex_Invoice.exe e, se for baixado, abre uma brecha no computador para outras infecções.

A ameaça foi detectada pelo laboratório da Trend Micro. Nesse caso, o malware baixa e executa um aplicativo que copia todos os documentos de texto e planilhas. Os arquivos são alocados para uma pasta temporária e protegidos por senha e, logo depois, enviado para o serviço de hospedagem on-line Sendspace.com.

 

Após o upload dos arquivos em uma única pasta, o malware recupera o link para download e o envia para o servidor operado pelos crackers, junto com a senha para descompactação.



Uma das preocupações dos analistas em seguraça da informação é a utilização crescente de serviços de hospedagem gratuita na web por cibercriminosos, que usam a estratégia para despistar possíveis rastreamentos até a origem. 

Então senhores usuários, cuidado.

 

Postado por Rogério Vianna

Administrador  - Vieira Tannús & Cia Ltda

 

 

Matéria extraída da Redação Administradores, www.administradores.com.br 

 

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Barcelona: o segredo de muito sucesso !

 

A imbatível máquina de títulos do futebol internacional mostra que sua hegemonia começa na produção de novos talentos 

Por Pablo Cardona e Borja Lleó, Revista Administradores

Não é comum que um time de futebol concorrente de uma liga importante vença todas as seis competições que disputou em um ano. Mais incomum ainda é esse time conseguir tantos triunfos com um técnico e dez jogadores formados na própria equipe. Além de tudo, três desses jogadores foram finalistas do mais prestigiado prêmio individual do futebol mundial.

Sob qualquer ponto de vista, o Barcelona aprendeu a dominar a arte de vencer. Mas quais são os segredos desse sucesso? Como gerenciar tantos talentos? Seu modelo é sustentável? O que o clube precisa fazer para que sua filosofia e seu estilo de jogo imperem sobre os interesses individuais de cada jogador?

Garimpo
Nossa pesquisa aponta a origem desse sucesso para La Masía de Can Planes, uma antiga casa de fazenda por onde passaram mais de 500 jogadores nos últimos 30 anos. Oriol Tort, responsável pelo modelo de desenvolvimento de talentos do Barça, decidiu transformar o local numa residência para jovens promissores em 1979.

O objetivo desse projeto, pioneiro no futebol europeu, é desenvolver os jogadores como atletas e como pessoas. A preocupação é a de reunir jovens não só com talento para o esporte, mas com empenho em vencer e capacidade de trabalhar em equipe.

Para descobrir talentos, a direção da academia examina muito mais do que a capacidade física e técnica dos candidatos. Os sucessores de Tort citam os exemplos de Pep Guardiola e Carlos Puyol. Apesar de ser fisicamente fraco e lento, a inteligência de Guardiola era tão grande que superou outras considerações. Puyol, por sua vez, não parecia ser um jogador excepcional, mas seu empenho competitivo e ética de trabalho acabaram por ser decisivos.




Escolher os talentos certos é um fator-chave para o sucesso em qualquer organização. Mas como o Barça consegue atrair os melhores, ano após ano? Como consegue convencer as famílias de fora de Barcelona a deixarem seus filhos serem educados em uma escola longe de suas vistas e dos ambientes a que estão acostumados? Para isso, o prestígio de La Masía como a escola que ensina os melhores valores tem papel decisivo.
La Masía conseguiu tornar inseparáveis o desenvolvimento pessoal e a competência técnica. O preparo dos atletas se baseia em três dimensões: atlético-físico, intelectual e moral. O objetivo do clube é preparar pessoas excepcionais, com responsabilidade como alunos, hábitos saudáveis e satisfação com o tipo de vida que escolheram.

As demandas de uma carreira esportiva, as pressões diárias do trabalho em comum e a separação das famílias podem afetar a forma como esses jovens promissores se comportam. Andrés Iniesta lembra o dia em que chegou a La Masía, aos 12 anos: "Parecia que o mundo estava acabando, outra vida começando, e o impacto foi forte". Por isso, o apoio de professores, psicólogos e outros profissionais é essencial.
O plano de desenvolvimento é simples: os treinamentos são totalmente compatíveis com o ensino acadêmico e espera-se que os alunos consigam o melhor nos estudos. Jovens que chegam de outros países merecem atenção especial. A equipe de ensino também oferece acompanhamento pessoal para ajudar os membros do grupo a planejarem suas carreiras.

Hora do jogo
No campo, os jogadores precisam adaptar-se à filosofia do clube: jogar de forma técnica e atraente. Têm que entender os princípios do sistema da equipe para serem capazes de se integrar rapidamente quando chegar a hora. Nos grupos inferiores, todos jogam o mesmo número de minutos, o que permite o amadurecimento com êxito. O espírito de competição vai sendo injetado pouco a pouco.
José Ramón Alexanco, ex-diretor-técnico das equipes jovens do Barça, explicou que alguns jogadores com grande potencial, como Bojan Krkic, podem subir mais rapidamente do que os outros. A equipe técnica do time analisa com cuidado essas decisões, pois um engano pode abalar a autoestima dos jovens e, consequentemente, seu progresso.



Um momento particularmente delicado ocorre quando os jogadores entram na categoria juvenil. Só os melhores, aqueles que têm realmente potencial para chegar ao time titular, são escolhidos. É também nesse momento que os preteridos são liberados de seus compromissos com o clube, o que sempre leva a atrativas propostas de outros times espanhóis e estrangeiros. Então, como reter os talentos? Alexanco explica: "É aí que entram em cena os valores do Barça".
Os jovens jogadores sabem que o clube tem confiança neles e acreditam que podem chegar ao time titular. Por isso, os astros em formação estão mais dispostos a colocar suas perspectivas de carreira à frente de um salário maior em outro clube. Do ponto de vista do time, esse comprometimento é essencial. Procurar reter a qualquer preço atletas que podem mais tarde sair do clube representa assumir riscos muito altos – além do perigo de grandes prejuízos financeiros.



O século 21 trouxe a necessidade de se adotar um sistema com foco mais global em La Masía. Para recrutar talentos na América Latina, o clube resolveu abrir uma academia semelhante na Argentina, em 2007. Essa iniciativa ampliou a base de jogadores da organização e aumentou o valor de marca do Barça. A formação de um novo centro de treinamento, a Cidade dos Esportes, em Sant Joan Despí, ofereceu uma residência mais moderna aos jovens jogadores. Lá, eles recebem o máximo de cuidado e atenção, e suas rotinas de treinamento nunca são afetadas por atividades da equipe profissional.

A academia é um projeto ambicioso e pioneiro, destinado a permitir que o clube permaneça como o mais efetivo produtor de novos talentos para o futebol do mundo, garantindo que Messi, Xavi e Iniesta tenham seguidores à altura.


Por:
Pablo Cardona - é professor de Gestão de Pessoas nas Organizações do IESE Business School (Espanha).
Borja Lleó - é assistente de pesquisas da mesma instituição. O IESE está entre as dez melhores escolas de negócios do mundo.

 

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O discurso de Steve Jobs.

Para quem não escutou ou leu o discurso na integra, vale a pena investir 10 minutos do seu tempo e tomar como aprendizado o que pode ser compreendido, pois o que não pode será dissolvido.

Um grande fim de semana a todos,

Rogério Vianna





Você tem que encontrar o que você ama!
 


Você tem que encontrar o que você ama
Estou honrado de estar aqui, na formatura de uma das melhores universidades do mundo. Eu nunca me formei na universidade. Que a verdade seja dita, isso é o mais perto que eu já cheguei de uma cerimônia de formatura. Hoje, eu gostaria de contar a vocês três histórias da minha vida. E é isso. Nada demais. Apenas três histórias.
A primeira história é sobre ligar os pontos
Eu abandonei o Reed College depois de seis meses, mas fiquei enrolando por mais dezoito meses antes de realmente abandonar a escola. E por que eu a abandonei?
Tudo começou antes de eu nascer. Minha mãe biológica era uma jovem universitária solteira que decidiu me dar para a adoção. Ela queria muito que eu fosse adotado por pessoas com curso superior. Tudo estava armado para que eu fosse adotado no nascimento por um advogado e sua esposa. Mas, quando eu apareci, eles decidiram que queriam mesmo uma menina. Então meus pais, que estavam em uma lista de espera, receberam uma ligação no meio da noite com uma pergunta: “Apareceu um garoto. Vocês o querem?” Eles disseram: “É claro.” Minha mãe biológica descobriu mais tarde que a minha mãe nunca tinha se formado na faculdade e que o meu pai nunca tinha completado o ensino médio. Ela se recusou a assinar os papéis da adoção. Ela só aceitou meses mais tarde quando os meus pais prometeram que algum dia eu iria para a faculdade.
E, 17 anos mais tarde, eu fui para a faculdade. Mas, inocentemente escolhi uma faculdade que era quase tão cara quanto Stanford. E todas as economias dos meus pais, que eram da classe trabalhadora, estavam sendo usados para pagar as mensalidades. Depois de 6 meses, eu não podia ver valor naquilo. Eu não tinha idéia do que queria fazer na minha vida e menos idéia ainda de como a universidade poderia me ajudar naquela escolha. E lá estava eu gastando todo o dinheiro que meus pais tinham juntado durante toda a vida. E então decidi largar e acreditar que tudo ficaria OK. Foi muito assustador naquela época, mas olhando para trás foi uma das melhores decisões que já fiz. No minuto em que larguei, eu pude parar de assistir às matérias obrigatórias que não me interessavam e comecei a frequentar aquelas que pareciam interessantes.
Não foi tudo assim romântico. Eu não tinha um quarto no dormitório e por isso eu dormia no chão do quarto de amigos. Eu recolhia garrafas de Coca-Cola para ganhar 5 centavos, com os quais eu comprava comida. Eu andava 11 quilômetros pela cidade todo domingo à noite para ter uma boa refeição no templo hare-krishna. Eu amava aquilo. Muito do que descobri naquele época, guiado pela minha curiosidade e intuição, mostrou-se mais tarde ser de uma importância sem preço.
Vou dar um exemplo: o Reed College oferecia naquela época a melhor formação de caligrafia do país. Em todo o campus, cada poster e cada etiqueta de gaveta eram escritas com uma bela letra de mão. Como eu tinha largado o curso e não precisava frequentar as aulas normais, decidi assistir as aulas de caligrafia. Aprendi sobre fontes com serifa e sem serifa, sobre variar a quantidade de espaço entre diferentes combinações de letras, sobre o que torna uma tipografia boa. Aquilo era bonito, histórico e artisticamente sutil de uma maneira que a ciência não pode entender. E eu achei aquilo tudo fascinante.
Nada daquilo tinha qualquer aplicação prática para a minha vida. Mas 10 anos mais tarde, quando estávamos criando o primeiro computador Macintosh, tudo voltou. E nós colocamos tudo aquilo no Mac. Foi o primeiro computador com tipografia bonita. Se eu nunca tivesse deixado aquele curso na faculdade, o Mac nunca teria tido as fontes múltiplas ou proporcionalmente espaçadas. E considerando que o Windows simplesmente copiou o Mac, é bem provável que nenhum computador as tivesse. Se eu nunca tivesse largado o curso, nunca teria frequentado essas aulas de caligrafia e os computadores poderiam não ter a maravilhosa caligrafia que eles têm. É claro que era impossível conectar esses fatos olhando para a frente quando eu estava na faculdade. Mas aquilo ficou muito, muito claro olhando para trás 10 anos depois.
De novo, você não consegue conectar os fatos olhando para frente. Você só os conecta quando olha para trás. Então tem que acreditar que, de alguma forma, eles vão se conectar no futuro. Você tem que acreditar em alguma coisa – sua garra, destino, vida, karma ou o que quer que seja. Essa maneira de encarar a vida nunca me decepcionou e tem feito toda a diferença para mim.
Minha segunda história é sobre amor e perda.
Eu tive sorte porque descobri bem cedo o que queria fazer na minha vida. Woz e eu começamos a Apple na garagem dos meus pais quando eu tinha 20 anos. Trabalhamos duro e, em 10 anos, a Apple se transformou em uma empresa de 2 bilhões de dólares e mais de 4 mil empregados. Um ano antes, tínhamos acabado de lançar nossa maior criação – o Macintosh – e eu tinha 30 anos. E aí fui demitido. Como é possível ser demitido da empresa que você criou? Bem, quando a Apple cresceu, contratamos alguém para dirigir a companhia. No primeiro ano, tudo deu certo, mas com o tempo nossas visões de futuro começaram a divergir. Quando isso aconteceu, o conselho de diretores ficou do lado dele. O que tinha sido o foco de toda a minha vida adulta tinha ido embora e isso foi devastador. Fiquei sem saber o que fazer por alguns meses. Senti que tinha decepcionado a geração anterior de empreendedores. Que tinha deixado cair o bastão no momento em que ele estava sendo passado para mim. Eu encontrei David Peckard e Bob Noyce e tentei me desculpar por ter estragado tudo daquela maneira. Foi um fracasso público e eu até mesmo pensei em deixar o Vale [do Silício]. Mas, lentamente, eu comecei a me dar conta de que eu ainda amava o que fazia. Foi quando decidi começar de novo.
Não enxerguei isso na época, mas ser demitido da Apple foi a melhor coisa que podia ter acontecido para mim. O peso de ser bem sucedido foi substituído pela leveza de ser de novo um iniciante, com menos certezas sobre tudo. Isso me deu liberdade para começar um dos períodos mais criativos da minha vida. Durante os cinco anos seguintes, criei uma companhia chamada NeXT, outra companhia chamada Pixar e me apaixonei por uma mulher maravilhosa que se tornou minha esposa. Pixar fez o primeiro filme animado por computador, Toy Story, e é o estúdio de animação mais bem sucedido do mundo. Em uma inacreditável guinada de eventos, a Apple comprou a NeXT, eu voltei para a empresa e a tecnologia que desenvolvemos nela está no coração do atual renascimento da Apple. E Lorene e eu temos uma família maravilhosa.
Tenho certeza de que nada disso teria acontecido se eu não tivesse sido demitido da Apple. Foi um remédio horrível, mas eu entendo que o paciente precisava. Às vezes, a vida bate com um tijolo na sua cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me permitiu seguir adiante foi o meu amor pelo que fazia. Você tem que descobrir o que você ama. Isso é verdadeiro tanto para o seu trabalho quanto para com as pessoas que você ama. Seu trabalho vai preencher uma parte grande da sua vida, e a única maneira de ficar realmente satisfeito é fazer o que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um excelente trabalho é amar o que você faz. Se você ainda não encontrou o que é, continue procurando. Não sossegue. Assim como todos os assuntos do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer grande relacionamento, só fica melhor e melhor à medida que os anos passam. Então continue procurando até você achar. Não sossegue.
Minha terceira história é sobre morte.
Quando eu tinha 17 anos, li uma frase que era algo assim: “Se você viver cada dia como se fosse o último, um dia ele realmente será o último”. Aquilo me impressionou, e desde então, nos últimos 33 anos, eu olho para mim mesmo no espelho toda manhã e pergunto: “Se hoje fosse o meu último dia, eu gostaria de fazer o que farei hoje?” E se a resposta é “não” por muitos dias seguidos, sei que preciso mudar alguma coisa.
Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo -  expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar – caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. Não há razão para não seguir o seu coração. Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração.
Há um ano, eu fui diagnosticado com câncer. Era 7h30 da manhã e eu tinha uma imagem que mostrava claramente um tumor no pâncreas. Eu nem sabia o que era um pâncreas. Os médicos me disseram que aquilo era certamente um tipo de câncer incurável, e que eu não deveria esperar viver mais de 3 a 6 semanas. Meu médico me aconselhou a ir para casa e arrumar minhas coisas – que é o código dos médicos para “preparar para morrer”. Significa tentar dizer às suas crianças em alguns meses tudo aquilo que você pensou ter os próximos 10 anos para dizer. Significa dizer seu adeus. Eu vivi com aquele diagnóstico o dia inteiro. Depois, à tarde, eu fiz uma biópsia, em que eles enfiaram um endoscópio pela minha garganta abaixo, através do meu estômago e pelos intestinos. Colocaram uma agulha no meu pâncreas e tiraram algumas células do tumor. Eu estava sedado, mas minha mulher, que estava lá, contou que quando os médicos viram as células em um microscópio, começaram a chorar. Era uma forma muito rara de câncer pancreático que podia ser curada com cirurgia. Eu operei e estou bem. Isso foi o mais perto que eu estive de encarar a morte e eu espero que seja o mais perto que vou ficar pelas próximas décadas. Tendo passado por isso, posso agora dizer a vocês, com um pouco mais de certeza do que quando a morte era um conceito apenas abstrato: ninguém quer morrer. Até mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para chegar lá. Ainda assim, a morte é o destino que todos nós compartilhamos. Ninguém nunca conseguiu escapar. E assim é como deve ser, porque a morte é muito provavelmente a principal invenção da vida. É o agente de mudança da vida. Ela limpa o velho para abrir caminho para o novo. Nesse momento, o novo é você. Mas algum dia, não muito distante, você gradualmente se tornará um velho e será varrido. Desculpa ser tão dramático, mas isso é a verdade.
O seu tempo é limitado, então não o gaste vivendo a vida de um outro alguém. Não fique preso pelos dogmas, que é viver com os resultados da vida de outras pessoas. Não deixe que o barulho da opinião dos outros cale a sua própria voz interior. E o mais importante: tenha coragem de seguir o seu próprio coração e a sua intuição. Eles de alguma maneira já sabem o que você realmente quer se tornar. Todo o resto é secundário. Quando eu era pequeno, uma das bíblias da minha geração era o Whole Earth Catalog. Foi criado por um sujeito chamado Stewart Brand em Menlo Park, não muito longe daqui. Ele o trouxe à vida com seu toque poético. Isso foi no final dos anos 60, antes dos computadores e dos programas de paginação. Então tudo era feito com máquinas de escrever, tesouras e câmeras Polaroid. Era como o Google em forma de livro, 35 anos antes do Google aparecer. Era idealista e cheio de boas ferramentas e noções. Stewart e sua equipe publicaram várias edições de The Whole Earth Catalog e, quando ele já tinha cumprido sua missão, eles lançaram uma edição final. Isso foi em meados de 70 e eu tinha a idade de vocês. Na contracapa havia uma fotografia de uma estrada de interior ensolarada, daquele tipo onde você poderia se achar pedindo carona se fosse aventureiro. Abaixo, estavam as palavras: “Continue com fome, continue bobo”. Foi a mensagem de despedida deles. Continue com fome. Continue bobo. E eu sempre desejei isso para mim mesmo. E agora, quando vocês se formam e começam de novo, eu desejo isso para vocês. Continuem com fome. Continuem bobos.
 
Obrigado.
Palavras de Steve Jobs.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O futuro chegou !

Recebi este email hoje e não poderia de compartilhar. Um belo video sobre o Tecnologia, Futuro, Possibilidades, Interactividade e ..... assistam.


quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Dê Atenção a quem Não Comprou

     Descubra os motivos dos insucessos e faça sua lição de casa. Os erros podem estar antes das vendas.
Toda organização busca a geração de negócios. A questão é que negócios não são feitos só de vendas, e ofertas não se constroem somente com base em bons preços. Mas a situação, infelizmente comum, é que muitas companhias acabam concentrando esforços somente nas práticas de vendas, esquecendo de outras ações tão ou mais importantes quanto atender, como: prestar serviços; agregar valor; cumprir as promessas da comunicação e dos vendedores; e acompanhar os clientes no pós-venda.

Além disso tudo, é preciso estar atento às vendas 'não realizadas', os chamados prospects atendidos - aquelas pessoas que tiveram contato com sua oferta e sua equipe, mas não compraram e não se transformaram em clientes. É preciso descobrir o porquê dessas 'não-vendas'. Pois o que toda empresa sabe é como, quando, quanto e porque ela vendeu. E o que muitas desconhecem são as vendas não realizadas e seus motivos. Ou seja, a real vantagem da sua proposta comercial e a verdade da sua estratégia de marketing.

Sim, a opinião do cliente é importante, mas não deve ser a única. Claro que ele, principalmente quando se transforma num usuário da empresa, torna-se uma fonte rica de informações. Mas se soubermos cruzar suas opiniões com as daqueles que tiveram contato com o produto/serviços, mas não compraram, poderemos chegar a uma visão muito mais crítica e refinada da atuação da companhia no mercado.

É assim como acontece na vida, na qual aprendemos muito com os erros e os insucessos. Descobrir os motivos da 'não-venda' traz impressões novas e interessantes que suscitam mais auto-análises do que corriqueiros sucessos nas vendas.

O desafio é entender por quê o interessado e o atendido não comprou. Algumas das razões possivelmente levantadas:
• Não comprou por meras questões comerciais e financeiras;
• A responsabilidade foi totalmente da área de vendas;
• A culpa foi da alta gestão que em algum ponto - desenvolvimento de uma boa proposta com ofertas competitivas e vantajosas, produtos diferenciados e bem posicionados, política de preço adequada ou um bom apoio de comunicação institucional e promocional - falhou.

Óbvio que a equipe de vendas tem que fazer sua parte com vendedores competentes, bem treinados e capacitados para cumprir suas metas, mas será que a companhia também está cumprindo seu dever?

É fácil cobrar e esperar que esses profissionais resolvam problemas que não foram tratados pela cúpula da empresa - o melhor é perceber que nem as aplicações eficientes das técnicas de vendas podem salvar propostas sem diferenciação, sem atrativos e sem vantagens frente aos concorrentes.

Então escute seus clientes, mas, mais ainda, escute seus prospects atendidos e compreenda como seu negócio é percebido. E faça sua lição de casa. Só assim a área de vendas terá boas argumentações, as técnicas serão eficazes e os negócios acontecerão. O papel do marketing é potencializar o trabalho de vendas. Portanto, a venda não é causa, e sim competência da gestão de marketing. Dê mais atenção a todo o processo.

Postado por: Rogério Vianna
Escrito por: Marcelo Miyashita em 13/03/2006
Artigo extraído de: www.portaldomarketing.com.br